DENGUE E A Organização Mundial da Saúde (OMS)
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que três bilhões de
pessoas estejam vivendo em áreas com risco de infecção pela doença, que é
transmitida por mosquitos. Anualmente, 50 milhões de casos são registrados no
mundo, sendo que 500 mil são considerados graves, e 21 mil resultam em morte. A
dengue afeta mais de 120 países e é considerada uma doença negligenciada pela
OMS.
Sintomas
A
dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, com diferentes
apresentações clínicas, e seu prognóstico é imprevisível.
Depois
do período de incubação, que vai de quatro a 10 dias entre a picada do mosquito
infectado e a manifestação dos sintomas, a doença começa bruscamente e se
assemelha a uma síndrome gripal com febre elevada, fortes dores de cabeça e nos
olhos, além de dores musculares e nas articulações. Durante a evolução da
dengue, destacam-se três fases: febril, crítica e de recuperação. Durante a
fase crítica da dengue (entre o terceiro e o sexto dia após o início dos
sintomas), ocorrem as manifestações clínicas (sinais de alarme), devido ao
aumento da permeabilidade vascular e perda de plasma, que pode levar ao choque
irreversível e à morte.
Os sinais de alarme clínicos da dengue grave são: dor abdominal intensa e contínua;
vômitos persistentes; hipotensão postural e/ou lipotímia (tonturas, decaimento,
desmaios); hepatomegalia dolorosa (aumento de tamanho do fígado); sangramento
de na gengiva e no nariz ou hemorragias importantes (vômitos com sangue e/ou
fezes com sangue de cor escura); sonolência e/ou irritabilidade; diminuição da
diurese (diminuição do volume urinado); diminuição repentina da temperatura do
corpo (hipotermia); e desconforto respiratório.
OBS: Uma infecção curada de dengue confere
ao paciente imunidade contra o tipo de vírus responsável. Porém, existem quatro
tipos diferentes de vírus, e para estar totalmente imunizado é necessário ter
tido contato com todos eles. Em caso contrário, a cada contágio com um novo
tipo de vírus, os sintomas são mais intensos e o risco de desenvolver a dengue
grave é mais alto.
Tratamento
Na
medida em que não há tratamento preventivo – não existe vacina disponível para
comercialização – e nem tratamento curativo específico contra o vírus da
dengue, os cuidados terapêuticos consistem em tratar os sintomas: combate-se a
febre e nos casos graves é necessária a hidratação por via intravenosa.
Atendimento rápido para a identificação dos sinais de alarme e tratamento
oportuno podem reduzir o número de óbitos, chegando a menos de 1% dos casos.
Prevenção
A
única forma de prevenção é o combate aos mosquitos, eliminando os criadouros de
forma coletiva com participação comunitária, e o estímulo a estruturação de
políticas públicas efetivas para o saneamento básico e o uso racional de
inseticidas.
Fonte: www.msf.org.br/